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73% dos consumidores procuram criadores de conteúdo na hora de realizar uma compra, aponta pesquisa

Levantamento da Stripe Theory destaca preferência de parcerias autênticas no lugar das tradicionais publis de influenciadores.

29/07/2024 às 14h36
Por: Redação
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73% dos consumidores procuram criadores de conteúdo na hora de realizar uma compra, aponta pesquisa

Uma nova pesquisa feita pela agência Stripe Theory, chamada de “The Fall of The Influencer”, revelou que 73% dos consumidores procuram criadores de conteúdo diário quando vão comprar um produto. Qualidade, preço e autenticidade são os três principais fatores que influenciam as decisões de compra com base na recomendação de um influenciador, de acordo com o levantamento.

Segundo o estudo, há uma rejeição crescente pelos anúncios tradicionais realizados por influenciadores, que estão dando lugar às parcerias autênticas. Para os entrevistados, os maiores fatores que fazem um criador de conteúdo não parecer autêntico são a falta de transparência sobre patrocínios, indicação de produtos que não usa realmente e falsificação de experiências pessoais ou emoções.

A pesquisa indica que criadores cotidianos, aqueles que produzem conteúdo diariamente com um nicho específico, estão se distanciando cada vez mais do rótulo tradicional de “influenciador”. Os primeiros são percebidos como mais relacionáveis e autênticos, muitas vezes por ter expertise em assuntos específicos. Segundo Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation e especialista em marketing de influência, a queda dos influenciadores tradicionais tem a ver com a pouca sinceridade nas suas indicações:

"Esse descrédito pode ser atribuído à saturação do mercado e à percepção de que muitos desses influenciadores não são sinceros em suas recomendações. Em contraste, os criadores cotidianos oferecem um senso de comunidade e conexão real, o que ressoa muito mais com os consumidores modernos. Eles compartilham suas vidas de forma autêntica e são vistos como experts em seus campos, criando uma base de seguidores mais leal e engajada”, explica. 

Apesar do declínio dos influencers tradicionais, o estudo ressalta a manutenção da importância da influência, uma vez que 7 a cada 10 compradores os consultam na hora de realizar uma compra. Para Fabio, isso acontece porque creators constroem uma conexão genuína com sua audiência: “Ao compartilhar suas vidas e paixões de forma autêntica, eles criam um relacionamento de confiança que é fundamental para influenciar decisões de compra. Essa autenticidade é o que os diferencia dos influenciadores tradicionais”.

O relatório aponta um caminho sem volta no que se refere ao marketing de influência, uma vez que tamanho total da Creator Economy é avaliado em torno de US$ 104 bilhões, com projeção para chegar na casa dos trilhões de dólares nos próximos anos, de acordo com estimativas da Influencer Marketing Hub. Com um futuro mais do que promissor e para além da autenticidade e confiança transmitidas pelos creators, Fabio aponta o crescimento sustentável e diversificação das plataformas como pontos-chave para a expansão do mercado de marketing de influência.

“O aumento da digitalização e a crescente popularidade das plataformas de mídia social estão impulsionando esse crescimento. A capacidade dos criadores de conteúdo de atingir audiências globalmente e monetizar seu conteúdo de diversas maneiras contribui para essa expansão. Somando isso com a evolução constante das plataformas de mídia social, novas oportunidades surgirão para os criadores de conteúdo. Plataformas como TikTok, Instagram, YouTube e até novas plataformas emergentes oferecerão diferentes formatos e públicos. A capacidade de adaptar o conteúdo para diversas plataformas será essencial para maximizar o alcance e o engajamento”, analisa.

METODOLOGIA

Realizada no início de 2024, a pesquisa incluiu 1.010 respondentes dos Estados Unidos, de diferentes faixas etárias que já fizeram compras influenciadas por influenciadores. 68% dos entrevistados foram mulheres, 35% tinham de 25 a 34 anos, 62% eram casados, 60% tinham emprego em tempo integral, 68% eram brancos, 20% eram hispânicos, 6% eram afro-americanos e 4% asiáticos.

O objetivo do levantamento foi entender os comportamentos de compra dos consumidores relacionados a influenciadores, coletando dados sobre engajamento, confiança, autenticidade, preferências por transmissões ao vivo e familiaridade com plataformas, para fornecer uma visão abrangente do cenário do marketing de influência.

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